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Sem prestar socorro, preso acendeu cigarro e esperou dentista morrer após confusão em motel

Sem pedir ajuda, preso acendeu cigarro e esperou dentista morrer após confusão em motel O homem preso pela morte do dentista Marcelo Bacci Coimbra, de 64 anos...

Sem prestar socorro, preso acendeu cigarro e esperou dentista morrer após confusão em motel
Sem prestar socorro, preso acendeu cigarro e esperou dentista morrer após confusão em motel (Foto: Reprodução)

Sem pedir ajuda, preso acendeu cigarro e esperou dentista morrer após confusão em motel O homem preso pela morte do dentista Marcelo Bacci Coimbra, de 64 anos, cujo corpo foi encontrado carbonizado em Sumaré (SP), acendeu um cigarro e esperou a vítima morrer sem prestar socorro depois dela bater a cabeça após desentendimento entre os dois em um motel de Hortolândia (SP). A informação foi divulgada pelo delegado Marcel Fehr, da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), nesta segunda-feira (22), após a prisão do suspeito na capital no dia anterior. Segundo o delegado, Nelson Henrique Paz, de 30 anos, alegou que os dois estavam alcoolizados, se desentenderam e trocaram empurrões, sendo que Marcelo caiu e bateu a cabeça na quina de uma mobília. "Ele percebeu que havia um ferimento grande na região da cabeça, e ainda disse que o Marcelo tentou pronunciar algumas palavras, ainda respirava com alguma dificuldade, mas ele nada fez, não pediu socorro em momento algum. Pelo contrário, ele disse que acendeu um cigarro e ficou aguardando por cerca de 20 a 30 minutos até que ele constatasse realmente o óbito do Marcelo", relatou Fehr. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Nelson trabalha em São Paulo como calheiro, é casado, tem quatro filhos e alegou que conhecia o dentista havia algum tempo, com quem mantinha um relacionamento esporádico, e que costumava fazer programas por dinheiro. O homem já tinha passagens criminais por violência doméstica contra a mulher e familiares. Agora, segundo a Polícia Civil, deve responder pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e dano qualificado. Dentista Marcelo Bacci Coimbra foi morto e teve corpo carbonizado em Sumaré Arquivo pessoal PIX para testemunha ajudou a localizar suspeito O delegado Luiz Fernando Dias de Oliveira explicou como a Polícia Civil chegou ao suspeito. Após o relato do desaparecimendo do dentista de Amparo por parte da família, uma pessoa foi ouvida pois havia sido identificada em uma transferência de R$ 200 via PIX para sua conta. Inicialmente suspeito, o jovem apresentou informações que foram corroboradas com a análise posterior do celular do dentista de Amparo. À Polícia Civil, ele confirmou que estava com a vítima na tarde de domingo (7), até por volta de 18h, mas que nesse período o dentista conversava insistentemente com outra pessoa pelo telefone celular - que era Nelson, que ele não conhecia. Foi apurado que após o pagamento para esse jovem, Marcelo se encontrou com Nelson, que havia acabado de chegar de São Paulo, vindo de ônibus, na cidade de Campinas. A partir daí, a cronologia dos fatos foi a seguinte, segundo a Polícia Civil: Marcelo e Nelson se encontraram em Campinas e permaneceram em uma sauna até por volta de 22h, onde consumiram bebidas alcoólicas; Da sauna em Campinas, eles foram para um motel em Hortolândia, onde permaneceram até por volta de 2h30; Segundo o apurado, foi nesse intervalo que ocorreu a morte do dentista; Após a morte de Marcelo, Nelson teria limpado o quarto do motel, colocado o dentista no banco do passageiro do carro e deixado o estabelecimento; Já na segunda-feira, ele acaba por atear fogo no carro e no corpo do dentista em dois locais distintos em Sumaré. O dentista morto estava desaparecido desde 7 de dezembro e o corpo foi encontrado seis dias depois. ⏩Leia também: Quem é o dentista que estava desaparecido e foi encontrado morto Ossada de dentista foi encontrada no sábado Desaparecimento era investigado desde início do mês; relembre Vídeo mostra homem ateando fogo em carro de dentista de Amparo assassinado Ânimos exaltados Embora tenha encaminhado o desfecho do caso com a prisão de Nelson Henrique, a Polícia Civil ainda deve ouvir mais testemunhas antes de encerrar e relatar o inquérito. Segundo Fehr, quatro testemunhas que viram tanto o dentista como o suspeito juntos já foram ouvidas na investigação, e outras pessoas serão chamadas para oitivas. À Polícia Civil, o suspeito alegou que o desentendimento entre ele e Marcelo envolveu uma briga por estarem bebâdos. "Eles haviam consumido bebidas alcoólicas e os ânimos se exaltaram. Inclusive, quando eles se deslocam de um estabelecimento para o outro, eles chegam a passar em uma blitz que estava ocorrendo por alguma força policial em determinada via pública. Isso faz com que o investigado ficasse mais nervoso ainda, em razão de estarem alcoolizados, de ele não ser habilitado, e até que daí eles realmente se desentenderam e ocorreu esse entreveiro, por assim dizer, entre eles, que acabou resultando na morte do Marcelo", disse o delegado da DIG. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas